Alunas de escola em BH denunciam que colegas utilizaram IA para fazer nudes falsos delas

Um grupo de estudantes do Escola Santa Maria Minas — Unidade Floresta —, em
Belo Horizonte, se reuniu para denunciar que colegas utilizaram Perceptibilidade Sintético (IA) para gerar nudes falsos de meninas.

As denúncias vieram a público nessa terça-feira (3). Estudantes do 3º ano do Ensino Médio publicaram uma nota para manifestar “repúdio inteiro às atitudes inaceitáveis e criminosas cometidas”.

No enviado, os alunos chamam o comportamento dos colegas de “misógino, perverso e criminoso”. “Trata-se de uma forma grave de importunação sexual, exposição indevida e violência do dedo, que fere profundamente a distinção e a integridade das vítimas”.

As garotas cobram punições aos responsáveis pela produção das imagens. “Deixamos evidente que não nos sentimos seguras no mesmo envolvente que essas pessoas. Sentir susto ou vergonha por ser mulher na escola é inadmissível”, afirmam.

A pedido das vítimas, a
influenciadora Ive compartilhou um vídeo para vulgarizar as denúncias. Ela diz que o caso acontece há mais de um ano e as imagens circulam em grupos de aplicativos de mensagens.

“Essas meninas estão coagidas na escola. Estão sendo feitas de troça. Esses meninos que fizeram isso riem delas no galeria. Essas meninas têm que extinguir as fotos delas no Instagram, porque eles vão no Instagram e pegam uma foto delas de roupa e transformam em uma foto delas sem roupa”, relatou.

A Itatiaia conversou com um estudante do
Escola Santa Maria Minas, de 16 anos, que não será identificado. Ele não participou dos grupos, mas conhece algumas vítimas e os suspeitos.

O aluno relatou que o caso chegou à direção da escola no início do ano, mas que zero de concreto foi feito. Ele cita que foram mais de 20 vítimas, desde o 7º ano ao 3º ano do
Ensino Médio.

“Os meninos pegavam a foto das meninas com roupa e jogavam na lucidez sintético, fazendo com que gerasse a imagem delas sem roupa”, explicou.

“Em outro grupo, eles competiam quem se masturbava mais para determinada foto”, disse o aluno.

Escola se pronuncia

Em nota enviada à Itatiaia, o Escola Santa Maria Minas se posicionou sobre as denúncias. A escola lamentou o ocorrido e detalhou as medidas pedagógicas e jurídicas adotadas. Aquém, confira o enviado na íntegra.

“O Escola Santa Maria Minas desenvolve sistematicamente atividades educativas voltadas ao uso ético e responsável da tecnologia, contemplando medidas de prevenção e combate das diversas formas de violência que ameaçam crianças e adolescentes, no mundo concreto e no envolvente do dedo.

Diante das denúncias, a instituição já adota medidas pedagógicas e jurídicas:

1 – Acolhida e escuta das vítimas e de seus familiares.
2 – Convocação e escuta do suposto responsável e seus familiares.
3 – Emprego de medidas disciplinares conforme o Regimento da Instituição.
4 – Intensificação de atividades formativas nas turmas do ensino médio sobre bullying e suas consequências jurídicas.
5 – O Recomendação Tutelar, Ministério Público e Delegacia de Crimes Cibernéticos serão comunicados sobre o ocorrido.

O Escola Santa Maria Minas lamenta o ocorrido e reafirma seu compromisso com a promoção de um envolvente escolar seguro, hospitaleiro e pautado pelo saudação reciprocamente. Todas as providências estão sendo tomadas com responsabilidade e transparência, em consonância com os valores institucionais e a legislação vigente. A instituição permanece à disposição das autoridades competentes e das famílias envolvidas para esclarecimentos e encaminhamentos necessários.”