O Zoológico de Belo Horizonte ganhou uma novidade moradora: a onça pintada Maya. O felino completou um ano de idade nesta terça-feira (3) e já está no recinto de visitação, para encantar a população.
Maya é uma espécie do Condensado brasílico e pertence ao Programa de Conservação ex situ de Onça-Pintada do Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que, através do Tratado de Cooperação Técnica (ACT) firmado entre o Instituto e a Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB), possibilitou a vinda para o Zoológico de BH.
O filhote de
onça
“Só é verosímil receber animais desse porte e com essa preço para a conservação da biodiversidade tendo um lugar e uma equipe altamente qualificada. Temos que exaltar esses aspectos, pois o reconhecimento do trabalho desenvolvido se dá no dia a dia, quando vemos ações uma vez que a vinda da Maya ocorrerem de forma tranquila e eficiente”, explica o presidente da instalação.
Adaptação
Durante o período de quarentena, Maya foi acompanhada diariamente pelas equipes de veterinários e biólogos do Zoo com monitoramentos da saúde, além de questões comportamentais.
Segundo a governo do Zoológico, Maya está saudável e apresentou uma boa adaptação ao novo envolvente, mostrando-se tranquila e também interativa aos estímulos.
conta a bióloga e diretora da Zoobotânica de BH, Sandra Cunha.
Conservação da espécie
A onça pintada aparece nas Listas Vermelhas de Espécies Ameaçadas de Extinção nas seguintes categorias: “Quase ameaçada” (IUCN, 2021-2) e “Vulnerável” (ICMBio, 2014), o que indica enfrenta risco de extinção em limitado prazo no Brasil.
O Brasil já perdeu quase 40% de sua vegetação original, sendo que mais da metade dessa perda pode ter ocorrido nos últimos 40 anos, quando se acelerou o desmatamento no Condensado e na Amazônia. Essa é uma espécie que precisa de grandes remanescentes de vegetação procedente para sua sobrevivência, portanto a perda populacional da espécie é muito mais acelerada do que a perda de áreas. Desta forma, a subtracção da subpopulação de onças-pintadas no Brasil, nos últimos 27 anos (três gerações), é estimada em murado de 30%.
No que diz reverência a rotina, a onça pintada possui hábitos, principalmente, crepusculares e noturnos. Costuma repousar boa segmento do dia perto de rios e lagoas, mas sem deixar de se movimentar. Ao entardecer, aumenta a atividade, deslocando em procura de presa. Nas primeiras horas da manhã, torna-se ainda mais ativa, já que esse período é propício à caça. Zero e mergulha com grande destreza e é óptimo escaladora e sobe em árvores com facilidade.
Natividade: Itatiaia