A Justiça decidiu neste sábado (7) que
Filipe Martins Cruz, de 36 anos, irá responder em liberdade após agredir uma bebê de quatro meses
No entanto, o contato tomou um rumo inesperado, quando o
agressor afirmou que a criança era, na verdade, uma “bebê reborn”
A mãe da bebê detalhou aos militares que Filipe abordou a família de forma inicialmente amigável e que elogiou a criança com comentários como “Ah, neném, que neném lindo”. O caso aconteceu na última quinta-feira (12) e, segundo a decisão da juíza Maria Beatriz Fonseca da Costa Biasutti Silva, não há requisitos legais para prisão preventiva, já que o crime tem pena inferior a quatro anos. Filipe terá que pagar fiança de R$ 4.554 – sendo três salários mínimos.
Também foram impostas pela Justiça, medidas cautelares como o comparecimento a programa de acompanhamento psicossocial por pelo menos três meses e o compromisso de manter endereço atualizado. A investigação continua e a polícia aguarda o laudo médico definitivo sobre o estado de saúde da criança. O caso ocorreu na Avenida Getúlio Vargas, próximo a um food truck conhecido como “Tunai Lanches”, onde a família da criança estava reunida.
Populares que presenciaram o ataque imobilizaram o agressor e chamaram a polícia. Uma viatura que passava pela região realizou a
prisão em flagrante de Filipe Martins Cruz
A bebê foi levada imediatamente ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. Segundo os médicos, qualquer impacto na região da cabeça de um bebê de apenas quatro meses representa risco grave à saúde, devido à fragilidade da coluna cervical e da caixa craniana em desenvolvimento. A criança recebeu alta durante a tarde dessa sexta-feira (6). A juíza do caso determinou que o hospital informe o grau da lesão, o que até o momento não foi feito.
Agressor negou que faz uso de medicamentos controlados e que consumiu bebida alcoólica
Durante a audiência de custódia, Filipe Martins Cruz apresentou explicações desconexas. Alegou, sem clareza, que a mãe da criança “queria alguma coisa dele” e, mais tarde, disse ter se sentido contrariado por suposta preferência dada a ela na fila de atendimento do food truck. Isso o teria levado a acreditar que a criança fosse uma boneca, justificando o ato violento.
Ele negou fazer uso de medicamentos controlados, mas afirmou ter consumido bebida alcoólica anteriormente, embora estivesse aparentemente sóbrio durante a abordagem policial.
Fonte: Itatiaia