A investigação, ocasião a pedido da PGR, aponta que Eduardo tentou pressionar autoridades norte-americanas, mormente aliados de Donald Trump, para impor sanções contra ministros do STF
A Polícia Federalista ouve nesta quinta-feira (5/6) o ex-presidente Jair Bolsonaro no interrogatório que apura a atuação do deputado federalista licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. A investigação foi ocasião a pedido da Procuradoria-Universal da República (PGR), que aponta indícios de que Bolsonaro teria sido diretamente beneficiado pelas ações do fruto. Aliás, ele teria se comprometido a arcar com os custos da permanência de Eduardo nos EUA.
Eduardo Bolsonaro é suspeito de tentar influenciar autoridades dos Estados Unidos, mormente aliados do ex-presidente Donald Trump, para que aplicassem sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federalista (STF).
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Eduardo Bolsonaro critica STFReprodução

Jair Bolsonaro e Eduardo BolsonaroReprodução

Eduardo Bolsonaro critica ação da PGRReprodução/Sucursal Brasil

Eduardo Bolsonaro rebate membro do PL contrário a anistiaReprodução/Câmara dos Deputados

Eduardo Bolsonaro se muda para os EUAReprodução
Porquê a investigação começou?
No dia 26 de maio, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, atendeu a um pedido da PGR e determinou a franqueza de interrogatório contra Eduardo Bolsonaro. O objetivo é apurar a provável atuação do deputado licenciado nos Estados Unidos contra o Judiciário brasílio. Desde março, Eduardo está retirado do missão e reside nos EUA.
Na decisão, Alexandre de Moraes indicou que o parlamentar será investigado por três crimes: Filtração no curso do processo (pena de 1 a 4 anos de prisão); Obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa (pena de 3 a 8 anos de prisão); Derrogação violenta do Estado Democrático de Recta (pena de 4 a 8 anos de prisão).
Por que Bolsonaro será ouvido?
De conformidade com a PGR, Jair Bolsonaro teria sido diretamente beneficiado pelas ações do fruto e, outrossim, afirmou ser responsável por financiar a estadia de Eduardo nos Estados Unidos.
O objetivo do prova é esclarecer se o ex-presidente teve participação direta ou se ofereceu escora às estratégias adotadas pelo fruto para pressionar o STF. A oitiva foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo, que também determinou a coleta de depoimentos de outras testemunhas, entre elas diplomatas brasileiros nos EUA e parlamentares uma vez que Lindbergh Farias (PT-RJ), que solicitou uma apuração formal da Câmara dos Deputados.
Eduardo se defende
Branco de um interrogatório por atuar nos Estados Unidos em obséquio de sanções contra autoridades brasileiras, Eduardo Bolsonaro voltou a criticar o STF. O fruto do ex-presidente do Brasil questiona o motivo de estar sendo investigado por ações semelhantes às dos adversários.
Ele compartilhou um vídeo em que mostra congressistas adversários em viagens internacionais durante o governo de Bolsonaro. Para ele, esses adversários buscavam escora de autoridades estrangeiras para combater o que enxergavam uma vez que ameaças à democracia.
“Eles vêm querer proferir que eu sou uma prenúncio. Por que eles podem [falar com autoridades internacionais]? Inclusive, eles foram antes ao exterior para fazer isso. […] Por que eu não posso? Por que eu passo a ser uma prenúncio à democracia?”, declarou em vídeo.
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