O dólar fechou nesta quinta-feira (5) em queda de 1,08%, a R$ 5,5845, menor valor de fechamento desde 14 de outubro do ano passado, quando terminou cotada em R$ 5,5827. A moeda norte-americana já acumula baixa de 2,36% nos quatro primeiros pregões de junho, o que leva as perdas em relação ao real no ano a 9,64%. O dólar à vista rompeu o piso de R$ 5,60 logo após a primeira hora de negócios, e chegou à mínima de R$ 5,5787 pouco antes do encerramento da sessão
Divisas emergentes e de países exportadores de commodities são apontados como os motivos para essa queda firme. Primeiro, uma perda de força do mercado de trabalho dos EUA reforça a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve neste ano. E, em segundo, a possibilidade de arrefecimento da guerra comercial, após telefonema entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping.
O real foi um dos destaques entre as divisas mais líquidas, seguido de perto pelo peso chileno. Operadores e analistas atribuem o desempenho da moeda brasileira à expectativa pelo anúncio das expectativas fiscais e pela possibilidade de alta da taxa Selic em 0,25 ponto em junho. “O que favorece o real neste momento é um movimento em cima do aumento do carry trade, que atrai recursos de estrangeiros”, diz o superintendente da Mesa de Derivativos do banco BS2, Ricardo Chiumento.
Já a S&P Global Ratings manteve nesta quinta o rating do Brasil em BB, com perspectiva estável, mas a decisão não teve influência aparente na formação da taxa de câmbio.
Fonte: UOL