PUBLICIDADE

muda a expectativa em relação aos juros


Essa declaração teve o efeito de um balde de água fria para o mercado. Depois dela, as apostas de que pode haver mais uma alta na taxa Selic, desta vez de 0,25 ponto percentual, começaram a aumentar. E, no mesmo dia, a Bolsa respondeu, fechando na segunda-feira (2) em baixa de 0,18%.

Com isso, as taxas de juros negociadas no mercado futuro também passaram a operar em alta. Hoje, a divulgação do relatório de empregos dos Estados Unidos em maio, que apresentou criação de vagas acima das estimativas, colaborou aumentando as projeções de juros altos por mais tempo também nos EUA. “Esses dados reforçaram a percepção de que a maior economia do mundo segue aquecida o que, por um lado, é positivo para o sentimento global, mas por outro, sem dúvidas, reduz as apostas em cortes mais agressivos de juros pelo Federal Reserve, o banco central americano”, diz Christian Iarussi, economista e sócio da The Hill Capital.

Juros altos são ruins para o mercado de renda variável. Primeiro porque o capital dos investidores sai da Bolsa para ser aplicado em renda fixa, tanto aqui, quanto no Tesouro americano. Segundo, porque prejudicam as empresas da Bolsa, que pagam mais por empréstimos e têm mais dificuldade para vender.

No final das contas, a Bolsa teve na semana quatro dias de baixa. Só subiu na terça-feira (3), 0,56%, com a expectativa de apresentação de um plano alternativo ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) anunciado na semana passada. Naquele pregão, o principal índice da B3 subiu 0,56%, aos 137.546 pontos.

No câmbio, o dólar seguiu perdendo valor, principalmente no mercado externo. Aqui, apenas a quarta-feira foi dia de alta, com valorização de 0,14%. Nos outros quatro dias, a moeda se desvalorizou. A incerteza voltou ao mercado de dólar após novas reviravoltas na guerra tarifária. O presidente americano, Donald Trump, e o governo chinês se acusaram mutuamente de violar o acordo comercial entre os dois países. As decisões do presidente americano corroem a reputação do país, afetam as expectativas de crescimento dos EUA e tiram do dólar o “status” de divisa porto seguro para investimentos.

Ações

Dois papéis tiveram mais destaque — negativo — nesta semana: Itaú (ITUB4) e Petrobras (PETR3 e PETR4). A ação do banco interrompeu somente hoje, com leve alta de 0,14% (dados preliminares) a sequência de sete pregões de desvalorização desde que o papel atingiu seu maior preço historicamente (intradia), em 27 de maio, chegando a R$ 38,62. Desde então, acumula queda de quase 3%.



Fonte: UOL

Leia mais

PUBLICIDADE